Linfonodos: conceitos, exame físico ….

COLUNA SAÚDE   Ano 3, Volume 9 – 2011   Página 115 – 118     Linfonodos: conceitos, exame físico (palpação) e interpretação clínica   Prof. Caetano Baptista Neto1   Introdução & Conceitos Os linfonodos, também chamados de nódulos linfáticos e, erradamente, gânglios linfáticos – estes não secretam substâncias – são estruturas anatômicas interligadas por vasos linfáticos espalhados em cadeias pelo corpo com o objetivo de armazenar glóbulos de defesa contra antígenos, sejam estes exógenos (micro-organismos) ou endógenos (nossas próprias células atípicas), bem como drenar a linfa dos órgãos. Dentre várias cadeias linfáticas, abordarei neste artigo os nódulos linfáticos que envolvem a região de cabeça e pescoço. Anatomicamente, os linfonodos apresentam dimensões que variam cerca de 1 a 20 mm em seu maior eixo, sendo comparado a um grão de lentilha ou ervilha, alongada, muitas vezes fusiforme ou riniforme. Linfonodos que fazem a drenagem diretamente de uma estrutura anatômica ou órgão são denominados de regionais, já aqueles que são responsáveis pela drenagem linfática de vários órgãos e estão mais distantes da origem do problema são chamados de satélites. São responsáveis por filtrar a linfa, eliminando e combatendo infecções ou células atípicas que por ventura possam adentrar em nosso sistema. A linfa é composta por água (96,7%), proteínas (4,9%) e poucos elementos figurados, sendo cerca de 0 a 2500 linfócitos/ml. A quantidade de linfa circulante é cerca de 0,5 a 3,0 litros por dia a uma velocidade de 5 a 10 cm por minuto. Em nosso corpo estima-se cerca de 500 a 700 linfonodos, já na região cervical encontram-se a maioria, com aproximadamente 200 a 250 nódulos linfáticos.   1Especialista em Estomatologia; Mestre em Diagnóstico Bucal / Semiologia – USP; Professor de Semiologia (Graduação) da Unimes; Professor de Especialização na ABCD E UNIMES em Estomatologia; Membro do Corpo Editorial da revista científica “Espelho Clínico” e “Full Science Dentistry”.