Placas oclusais miorrelaxantes – técnica alternativa

Placas oclusais miorrelaxantes – técnica alternativa

Volume 1 – Número 2 – 2012 Página 72-77 Coluna Visão Protética Placas oclusais miorrelaxantes – técnica alternativa Clébio Domingues da Silveira Júnior Fabiane Maria Ferreira Paulo César Simamoto júnior Kênia Kaminici Introdução Placas oclusais estabilizadoras, também denominadas placas miorrelaxantes convencionais, têm sido a modalidade de tratamento mais comumente indicada pela odontologia para controle dos sintomas de Disfunção Temporomandibular1,2. Sua efetividade é alta e bastante previsível, principalmente quando utilizada em conjunto com outras modalidades terapêuticas como fisioterapia, farmacologia, psicoterapia ou um simples aconselhamento ao paciente 1,5,9. Também são bastante utilizadas como proteção para os dentes e estruturas de suporte na presença de forças anormais que possam criar colapso e/ou desgaste dentário6 como frequentemente ocorre em pacientes portadores de bruxismo. Seu mecanismo de ação se baseia no restabelecimento temporário da posição articular ortopedicamente mais estável, e na reorganização da atividade reflexa neuromuscular anormal enquanto propicia uma função muscular mais adequada 3,6, através da melhor distribuição e estabilização dos contatos oclusais e do restabelecimento das guias anterior e lateral. Dentre os materiais utilizados para confecção de placas oclusais destacam-se: resinas acrílicas e acetato, que são materiais rígidos, e o silicone para placas resilientes. Contudo, as placas em acetato necessitam de vários ajustes intra-orais pelo acréscimo de resina acrílica ativada quimicamente, o que as caracterizam como placas mistas. Já as placas resilientes são objetos de discussão entre diferentes autores, visto que podem provocar aumento significante da atividade muscular em alguns pacientes 4,7. As placa oclusais de resinas acrílicas podem ser obtidas por meio de duas técnicas de confecção: (1ª) Técnica convencional (RAAT) que consiste em enceramento, inclusão e prensagem da placa em resina acrílica termicamente ativada, semelhante ao processo de confecção das próteses totais convencionais, (2ª) Técnica alternativa (RAAQ) que utiliza resina acrílica ativada quimicamente sem a necessidade das etapas de enceramento, inclusão e prensagem. A resina acrílica autopolimerizável apresenta propriedades físicas e mecânicas inferiores à resina acrílica termicamente ativada. Suas desvantagens são consequências de um maior grau de porosidade e maior concentração de monômero residual 11. Porém, suas características indesejáveis podem ser minimizadas quando sua polimerização ocorre em ambiente pressurizado e/ou com aumento de temperatura. Sendo assim, o emprego de resina autopolimerizável representa uma alternativa favorável para os casos que demandam maior agilidade e redução de custos. Uma parceria entre o curso técnico em prótese dentária da escola técnica de saúde e a faculdade de odontologia, ambas da Universidade Federal de Uberlândia, por meio de projetos de extensão, promove o atendimento à pacientes portadores de disfunção temporomandibular. Devido ao caráter de urgência dos atendimentos, à alta demanda e à necessidade de diminuição de custos tem-se optado pela técnica alternativa para confecção de placas na maioria dos casos. Os resultados clínicos obtidos são considerados satisfatórios. A seguir serão demonstrados os passos técnicolaboratoriais para a confecção de placas oclusais com resina acrílica autopolimerizável preconizados no curso técnico de prótese dentária da UFU.

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