Tecnologia chega aos consultórios dentários e economiza tempo dos pacientes

Tecnologia chega aos consultórios dentários e economiza tempo dos pacientes

 

Procedimento que era feito em seis sessões de uma hora e meia cada, leva, agora, duas horas; imagem tridimensional do dente é capturada e software manda fresadora imprimir a peça 
 
Restaurar um dente natural, seja parcial ou totalmente, sempre foi um procedimento demorado. Nos consultórios dentários especializados em prótese dental, o processo poderia levar até seis sessões de uma hora e meia cada para se confeccionar uma coroa de porcelana. Isso porque o método era todo artesanal, exigia a elaboração de um molde e seu respectivo modelo de gesso,  envio do material ao laboratório de prótese para confecção e várias etapas de provas até chegarmos à colocação da peça definitiva, sem falar da necessidade da criação e uso de uma coroa provisória durante todo o tratamento. Hoje, com a chegada da tecnologia de ponta aos consultórios dentários, o mesmo processo pode ser feito em duas horas. 
 
O longo e demorado processo das coroas tradicionais, além de tomar tempo do paciente com os deslocamentos para ir ao consultório dentário várias vezes, também significava ter que tomar anestesia em todas as consultas, mas  com a nova tecnologia de sessão única, apenas uma anestesia permitirá a conclusão da nova prótese
 
“Tenho pacientes esperando o sistema chegar para ganhar tempo, pois não querem ter que vir ao consultório diversas vezes para trocar uma restauração, ou colocar uma coroa”, afirma Paulo Ferraz, dentista especializado em Reabilitação Oral Estética e Doutor em prótese dental pela Universidade São Paulo (USP), e um dos primeiros a investir no equipamento em São Paulo. 
 
O sistema responsável pelo grande avanço chama-se Cerec e é fabricado pela Sirona, empresa alemã. No lugar do antigo molde e modelo de gesso, entra um computador de altíssimo desempenho associado a uma câmera intra-oral capaz de capturar imagens da boca do paciente. Após a captura, o software cria uma imagem tridimensional dos dentes em questão e o dentista passa a “esculpir” virtualmente as restaurações, valendo-se de ferramentas digitais e espelhando-se no outro lado da boca. Com o desenho pronto, o sistema envia a ordem para uma unidade fresadora, onde um robô de alta precisão esculpirá a peça protética a partir de um bloco de porcelana ou zircônia. 
 
“Um dentista e seu técnico de laboratório, por mais talentosos que sejam, não conseguem atingir a precisão da máquina. Sabendo-se que quanto mais bem ajustada for a peça menor é o risco de infiltração, por conseqüência, maior será a  durabilidade”, explica. Segundo o dentista, no antigo processo artesanal, o grande número de etapas e os materiais usados ao longo delas – moldes de silicone, modelos de gesso, cera, revestimento refratário, ligas metálicas e  porcelana fundida – levavam a pequenas distorções capazes de comprometer o resultado final. “Com a leitura por scanner e o uso do software, as imprecisões provenientes dos diversos materiais envolvidos na técnica antiga são totalmente evitadas, limitando a imprecisão ao trabalho do robô fresador. Agora poderemos esquecer a antiga técnica da cera perdida, a mesma utilizada pelo escultor francês Rodin!”, afirma Ferraz que fez Mestrado e Doutorado na USP em prótese com foco em precisão de adaptação de coroas sobre dentes naturais. 
 
O grande diferencial do equipamento está no ganho de tempo e de qualidade. Em termos de custo, Paulo Ferraz também afirma que a nova técnica não deverá pesar no bolso do paciente. Apesar do investimento (Ferraz está investindo 150 mil dólares e ainda vai ter que viajar para a Alemanha para uma imersão de 5 dias na fábrica), há reduções de custo e os pacientes já adoraram saber que vão evitar despesas com deslocamento, estacionamento e ainda o fato de não ter que ficar horas longe do trabalho. 
 
Fonte: www.segs.com.br

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