Descrição
Vol. 14 – Número 55 – 2021
Coluna Point of View
Página 19-22
Set-up diagnóstico em Ortodontia. Os princípios básicos continuam na era digital?
Sergio Luiz Mota Júnior1
Daniela Gomes de Rezende Azevedo2
Ariel Adriano Reyes3
Fernando Augusto Casagrande4
Orlando Tanaka5
Introdução
A digitalização de modelos, o escaneamento intraoral, o planejamento digital e a impressão tridimensional (3D) são inovações na Odontologia e, sobretudo, na Ortodontia da atualidade.
Os modelos digitais utilizados em softwares fornecem informações sobre as dimensões dos dentes, discrepâncias no perímetro e comprimento do arco, assimetrias e relações do arco em três dimensões. As simulações dentro dos objetivos baseados no diagnóstico, como a necessidade de extrações dentárias ou de desgaste interproximal podem ser avaliadas. Com tais recursos é possível executar o set-up, que é uma valiosa ferramenta para a complementação do diagnóstico na Ortodontia. A execução na plataforma digital por meio de softwares específicos traz a facilidade e permite ser realizado de forma limpa, pois o modelo tradicional gera poeira durante o recorte do gesso, de fácil e rápida visualização e, principalmente, comunicação entre as especialidades e com os pacientes. Os dentes virtuais são recortados do modelo por meio de técnicas de segmentação virtual, de acordo com o software utilizado¹.
No set-up digital é possível confirmar, modificar ou rejeitar um plano de tratamento²,³. O modelo pode ser ampliado usando o zoom e as imagens podem ser recortadas, salvas e impressas de acordo com a necessidade. A maioria dos softwares para análise de modelos digitais possibilita a visualização de contatos oclusais e a realização de medições ponto a ponto ou ponto a plano. Além disso, alguns fornecem automaticamente o índice de análise do American Board of Orthodontics³.
No set-up convencional, a forma do arco é planejada usando um fio de latão ou diagramas pré-estabelecidos disponíveis por diferentes fabricantes4. No set-up digital, essa forma pode ser facilmente ajustada para cada paciente utilizando ferramentas que podem criar uma forma de arco digital. Como alternativa, o ortodontista pode selecionar pontos de referência na arcada dentária virtual e selecionar um modelo de arco digital para escolher a melhor forma de arco para o paciente¹.
O ortodontista pode quantificar e visualizar o movimento dentário aplicado em todas as direções durante a elaboração do set-up digital5 e, quando necessário, o movimento dentário aplicado pode ser facilmente revertido¹.
1 Pós-doutor – UFJF, Professor do Curso de Especialização em Ortodontia – UFJF, Consultório Particular
2 Mestre em Ortodontia – UFRJ, Doutoranda em Saúde – UFJF.
3 Professor do Departmento de Periodontia e Implantodontia – Pontificia Universidad Católica Madre y Maestra – Santo Domingo – Republica Dominicana, Doutor em Odontologia e Ortodontia – PUCPR.
4 Mestre em Odontologia e Ortodontia – PUCPR, Professor do Curso de Especialização em Ortodontia – PUCPR.
5 Professor Titular – PPGO – PUCPR, Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial, Escola de Ciências da Vida.
DOI: 10.24077/2021;1455-1922
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