Odontologia sem dor

Odontologia sem dor

Diante de eventuais desdobramentos provocados por reações à anestesia empregada em procedimentos cirúrgicos, é normal que a população também passe a questionar a anestesia administrada nos tratamentos odontológicos.
 
A boa notícia é que a anestesia aplicada por cirurgiões-dentistas experientes e no ambiente do consultório tem uma grande margem de segurança. Tanto é assim, que os cirurgiões-dentistas dão início gradativo ao processo de anestesia, aumentando a dose aos poucos, até que o paciente sinta-se livre da dor e do desconforto.
 
De acordo com o doutor Márcio Martins, professor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas, há uma gama bastante variada de anestésicos que podem ser empregados em determinadas circunstâncias. Mas o importante é saber que são bastante seguros – já que o profissional irá utilizar o anestésico mais adequado ao procedimento e ao estado geral do paciente.
 
“Os anestésicos mais empregados são aqueles usados para viabilizar o tratamento, controlando a dor na região do dente em questão. Nesses casos, têm curta duração e são bastante tolerados”, diz Martins. De acordo com o especialista, quando o paciente tem aversão a agulhas e entra em pânico assim que pisa no consultório dentário, uma alternativa é utilizar um sedativo oral, ou ainda o óxido nitroso. “Através da inalação dessa substância também conhecida como gás do riso, pacientes mais ansiosos conseguem controlar o medo e permitir o tratamento da melhor forma possível. Pacientes com trauma, síndrome do pânico, crianças muito pequenas, ou ainda pacientes com necessidades especiais podem requerer uma atenção maior para controlar a ansiedade e não sentir dor”, diz.
 
Na opinião do coordenador da EAP-APCD, os cirurgiões-dentistas estão entre os profissionais mais bem treinados ao uso de anestésicos, já que os pacientes normalmente recorrem a seus serviços na presença de dor. “É sempre importante conversar detalhadamente com seu cirurgião-dentista durante a primeira consulta, para que ele possa analisar a opção mais viável e segura para controlar a dor durante o tratamento ou a cirurgia dentária”, diz Martins.
 
Cuidados extras
 
De acordo com o especialista, já na primeira conversa com o cirurgião-dentista, o paciente deve relatar, sem restrições, vários aspectos de sua saúde. “A existência de doenças do coração, do aparelho respiratório, renal e fígado – considerando também os medicamentos de que o paciente faz uso contínuo – é o que vai determinar o tipo e a quantidade de anestésico durante o tratamento dos dentes. Na iminência de uma cirurgia odontológica, também o paciente fumante deve ser advertido e ter consciência de parar de fumar pelo menos um mês antes, já que o fumo tem forte impacto na circulação do sangue e na recuperação pós-cirúrgica”.
 
No caso das pacientes gestantes, Márcio Martins diz que o ideal é programar limpezas profundas e tratamentos mais complexos, como colocação de implantes, cirurgias e tratamentos de canal, para antes da gravidez ou ainda para depois do período de amamentação. “Como nenhuma gestante está livre das lesões de cárie durante a gravidez, normalmente o anestésico utilizado nesses casos é da família da lidocaína. Outros anestésicos devem ser evitados, já que podem agir indiretamente na frequência cardíaca do bebê”.
 
 

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