Descrição
Vol. 13 – Número 51 – 2022
CADERNO DE IMPLANTODONTIA
Relato de caso
Página 51-55
Tratamento tardio de fratura de sínfise mandibular por abordagem extraoral – relato de caso
Henry Mcarter Senra Almeida¹
Rafael Drummond Rodrigues²
Andressa Teixeira Martiniano da Rocha²
Elias Almeida dos Santos²
Alana Del’Arco Barboza²
Samario Cintra Maranhão³
RESUMO
As fraturas de sínfise mandibular podem ocorrer de forma isolada ou associadas às fraturas condilares, visto que a força incidida sobre essa região pode resultar em fratura indireta dos côndilos. Essas, quando não abordadas de forma adequada, podem propiciar a pseudoartrose, aumentando a complexidade do tratamento. Dessa forma, este artigo tem por objetivo relatar um caso clínico de tratamento tardio de fratura em sínfise e côndilo mandibular. Paciente do sexo masculino, 22 anos, com histórico de acidente motociclístico. Ao exame físico, observou-se mobilidade atípica da mandíbula à manipulação e distopia oclusal. Ao exame de imagem, foi confirmada fratura desalinhada em sínfise mandibular, bem como fratura baixa de côndilo unilateral. Posto isso, foi realizada a abordagem cirúrgica da fratura sinfisária, redução e fixação. A redução anatômica e adequada fixação interna são fundamentais para se obter uma boa cicatrização da fratura. Para tratamento de fraturas mandibulares, pode-se lançar mão de duas formas de tratamento: redução fechada ou redução aberta com fixação interna. Diferentes técnicas podem ser empregadas em região de sínfise, como placas de reconstrução, miniplacas e parafuso lag screw. A associação das técnicas também está indicada, podendo utilizar uma placa de compressão do sistema 2.4 em zona basilar e uma miniplaca do sistema 2.0 para que se evite distração dos cotos. As fraturas mandibulares quando não abordadas precocemente podem resultar em consolidação inadequada das mesmas, tornando a abordagem desafiadora e necessitando de tratamento extraoral com associação de técnicas de fixação que apresentem maior estabilidade.
Descritores: Mandíbula, pseudoartrose, fixação interna de fraturas.
¹ Internato de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – UFBA.
² Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial – UFBA/OSID.
³ Preceptoria do Serviço de Cirurgia e Traumatologia – Hospital Geral do Estado – Salvador/BA.
DOI: 10.24077/2022;135102443246
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