Adenotonsilectomia e Classe ii esquelética – estudo de casocontrole

Adenotonsilectomia e Classe ii esquelética – estudo de casocontrole

Vol. 14 – Número 54 – 2021 Artigo original Página 89-97 Adenotonsilectomia e Classe ii esquelética – estudo de casocontrole Taís Morais Alves Cunha¹ Carlos Maurício Cardeal Mendes² Resumo Introdução: O padrão esquelético de Classe II consiste na desarmonia de crescimento sagital maxilomandibular com a retrusão da mandíbula em relação à maxila. Essa alteração morfológica craniofacial é frequentemente atribuída ao impedimento da função nasorrespiratória devido à hipertrofia de tonsilas faríngea e palatina. A adenotonsilectomia é indicada na infância para pacientes com obstrução respiratória. No entanto não há informações na literatura científica a respeito do impacto da remoção cirúrgica das tonsilas no crescimento e desenvolvimento craniofacial. Objetivo: Identificar a associação entre adenotonsilectomia e Classe II esquelética. Material e Métodos: Foi realizado um estudo de caso-controle não pareado. Os indivíduos adultos que concordaram em participar preencheram um questionário e após a identificação do padrão esquelético por meio da análise cefalométrica foram alocados em dois grupos: GRUPO CASO: composto por 23 indivíduos com má-oclusão esquelética de Classe II e GRUPO CONTROLE: composto por 27 indivíduos que não apresentavam má-oclusão esquelética de Classe II. Com software específico, as imagens foram avaliadas e mensuradas para comparar as medidas craniofaciais entre os grupos experimentais e esses dados foram interpretados para verificar a associação entre Classe II esquelética e a ocorrência da adenotonsilectomia na primeira infância. Resultados: A adenotonsilectomia demonstrou potencial de proteção para o desenvolvimento da Classe II esquelética, dada a forte associação epidemiológica entre a adenotonsilectomia e a má-oclusão esquelética de Classe II (ORB=0,33), independente do sexo (ORA=0,91). Conclusões: Dentre os benefícios a longo prazo da realização da adenotonsilectomia na primeira infância, pode-se considerar a prevenção de alterações de crescimento craniofacial como a discrepância maxilomandibular de Classe II. Descritores: Tonsilectomia, anormalidades craniofaciais, cefalometria. ¹ Mestre em Ortodontia – PUCPR, Doutora – Instituto de Ciências da Saúde – UFBA. ² Especialista em Estatística Aplicada, Doutor em Saúde Coletiva – UFBA. DOI: 10.24077/2021;1454-8997

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