Tratamento do ronco primário – Quando e como usar aparelhos retentores de língua

Tratamento do ronco primário – Quando e como usar aparelhos retentores de língua

Vol. 7– Número 26 – 2014 COMO SE FAZ Página 131-135 Tratamento do ronco primário – Quando e como usar aparelhos retentores de língua  Cauby Maia Chaves Júnior1 Cibele Dal Fabbro2 Rowdley Robert Pereira Rossi3 Otávio Ferraz4 Alexandre Moro5 Lia Rita Azeredo Bittencourt6 O ronco é um ruído produzido pela vibração dos tecidos moles faríngeos quando o fluxo aéreo encontra dificuldade em percorrer livremente a via aérea superior. Sua  prevalência varia de 5 a 50% da população e tende a aumentar com a idade10. O ronco  primário acontece na ausência de alterações na saturação de oxi-hemoglobina, nas variáveis das medidas ventilatórias e no eletroencefalograma16 . Mas o ronco pode ser um sinal de alerta para outros distúrbios respiratórios do sono de maior gravidade. O mais prevalente e preocupante desses é a Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS). Os sinais e sintomas mais comuns da SAOS são o ronco, a sonolência excessiva e pausas respiratórias durante o sono. Prejuízos das funções cognitivas, tais como concentração, atenção, memória e de função executiva são frequentemente observados. Alterações de humor, como irritabilidade, depressão e ansiedade, podem ser encontradas4.    Os episódios de apneias caracterizam-se pela cessação ou diminuição do fluxo respiratório, fato que pode ser notado pelo companheiro. Entretanto, como os movimentos do tórax se mantêm, o observador tem a impressão de que o paciente está sufocando. O término da apneia é associado com ronco explosivo (ressuscitativo) parecendo “engasgos”, e nesse momento o paciente chega a ter movimentos corporais bruscos. O ronco forte e a movimentação corporal podem perturbar muito o sono do companheiro e trazer problemas conjugais.  Os aparelhos intraorais (AIO) são dispositivos que foram desenvolvidos como uma alternativa de tratamento clínico para o ronco e SAOS leve a moderada. Estes são usados na cavidade oral durante o sono com o objetivo de prevenir o colapso entre os tecidos da orofaringe e da base da língua, reduzindo assim os eventos obstrutivos na via aérea superior. Atualmente há inúmeros aparelhos com diferentes desenhos e materiais, os quais se encaixam em duas categorias principais: aparelhos retentores linguais (ARL) e aparelhos reposicionadores mandibulares (ARM) (ou de avanço mandibular)4,6,15. 1 Professor Associado Doutor – UFC, Pós-Doutorado em Medicina e Biologia do Sono – UNIFESP, Presidente – ABROS. 2 Doutora em Ciências Medicina e Biologia do Sono – UNIFESP. 3 Mestre em Ortodontia – UFRJ. 4 Mestre em Cirurgia de Cabeça e Pescoço – HOSPHEL. 5 Professor Associado Doutor – UFPR, Professor Titular – Universidade Positivo. 6 Professora Livre-docente – Disciplina de Medicina e Biologia do Sono – UNIFESP.

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