Resumos e Abstract

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Vol. 10 – Número 38 – 2017 Resumos e Abstract Página 12-13 Simone R. Tha Rocha Especialista em Ortodontia – ABO/PR, Mestra em Odontologia Clínica – Universidade Positivo. E-mail do autor: [email protected] Planejamento ortodôntico e cirúrgico de transposição entre canino e incisivo lateral superiores  Surgical and orthodontic management of maxillary canine-lateral incisor transpositions Teresa Lorente; Carmen Lorente; Paula G. Murray; Pedro Lorente Am J Orthod Dentofacial Orthop. 2016; 150:876-85 Transposição dentária compreende a troca de posição entre dois dentes adjacentes, podendo ocorrer durante o desenvolvimento ou mesmo durante a sua irrupção. Pode ser classificada como completa, quando ambos os dentes estão totalmente transpostos, e incompleta, quando apenas as coroas ou as raízes o estão. As causas da transposição ainda não são conhecidas, mas algumas teorias sugerem alguns prováveis fatores etiológicos: hereditariedade, trauma prévio, alteração da posição da lâmina dental, ou ainda, a retenção de caninos decíduos. Sua incidência na população é baixa (0,2% – 0,38%), sendo que 76% dos casos ocorrem na maxila e o canino está envolvido em 90% dos casos, seja com os primeiros pré-molares, na maioria dos casos (71%), seja com os incisivos laterais superiores (20%). As opções de tratamento englobam: 1) o não tratamento; 2) a interceptação envolvendo a extração dos caninos decíduos, 3) a exodontia de um dos dentes transpostos, caso exodontias sejam requeridas para a correção da má oclusão, 4) o alinhamento dos dentes em suas posições de transposição e subsequente tratamento restaurativo para camuflagem e 5) a correção da transposição. A transposição entre caninos e incisivos laterais superiores é uma anomalia de tratamento bastante complexa e a dificuldade aumenta quando o objetivo é a correção da mesma. Este artigo reporta dois casos clínicos envolvendo dois pacientes com transposição de incisivo lateral superior e canino. O primeiro caso compreende transposição bilateral incompleta e o segundo caso, uma completa. O primeiro caso foi tratado em duas fases. O objetivo da primeira fase foi corrigir a transposição bilateral. Como as raízes dos incisivos laterais encontravam-se por palatino, para prevenir a reabsorção das mesmas, o tracionamento dos caninos ocorreu por vestibular. A segunda fase englobou a correção da má oclusão propriamente dita. No segundo caso, como a raiz do incisivo lateral encontrava-se vestibularizada, o tracionamento do canino ocorreu no sentido palatal. Em ambos os casos foi feita a exposição cirúrgica dos caninos, a colagem do acessório ortodôntico e o posterior tracionamento, sendo que no segundo caso, um túnel de acesso, vestibulopalatino, foi feito para permitir/facilitar o deslocamento do dente. A ligadura de metal, presa ao botão colado ao canino, foi passado através do túnel até sair pelo palato. Para os autores, o que deve ditar a direção de tracionamento e a mecânica ortodôntica envolvida, que deve ser idividualizada, é a posição das raízes dos incisivos laterais superiores em relação à coroa dos caninos. Reabsorção radicular apical externa ortodôntica em pacientes tratados com aparatologia fixa vs alinhadores removíveis Orthodontically induced external apical root resorption in patients treated with fixed appliances vs removable aligners Alejandro Iglesias-Linaresa; Boris Sonnenbergb; Beatriz Solanob; Rosa-Maria Yañez-Vico; Enrique Solanod; Steven J. Lindauere; Carlos Flores-Mirf Angle Orthodontist. 2017; 87(1):3-9 A reabsorção apical externa de raiz (OIEARR), ortodonticamente induzida, é um efeito colateral patológico que leva à perda permanente de estrutura radicular dentária (cemento e/ou dentina). Diferentes tipos e magnitudes de força ortodôntica têm sido associados à incidência da OIEARR em variados graus de gravidade. O OIEARR pode afetar qualquer dente, embora os mais suscetíveis à reabsorção sejam os incisivos centrais e laterais superiores. Foi demonstrado que mais de um terço dos indivíduos tratados com aparelhos fixos pode perder mais de 3 mm de comprimento de raiz, enquanto 2% a 5% da população tratada ortodonticamente têm sido descrita como tendo OIEARR grave, de até 5 mm, que pode ameaçar a função e o tempo de vida do dente envolvido. Existe uma tendência relativamente recente de tratamento ortodôntico utilizando alinhadores removíveis. Dentre as vantagens potenciais, desde melhor estética, facilidade de higiene, e conforto, seu principal benefício inclui uma provável previsibilidade, reprodutibilidade e objetividade quando forças ortodônticas são aplicadas, e um potencial controle do estresse derivado na região apical das raízes. Até o momento, não foi determinado objetivamente se as forças controladas, quando do uso de alinhadores removíveis, podem impedir ou diminuir a ocorrência de OIEARR em comparação ao tratamento com aparelhos fixos tradicionais. O objetivo deste trabalho foi determinar se o tratamento ortodôntico com alinhadores removíveis está associado ao aumento, à diminuição, ou à mesma frequência de OIEARR, quando comparado ao tratamento convencional com  aparatologia fixa, levando-se em consideração fatores genéticos, radiográficos e clínicos. Trezentos e setenta e dois pacientes ortodônticos tratados com alinhadores removíveis (Invisalign) ou dispositivos fixos foram geneticamen-te testados para o gene da interleucina 1B (IL1B) (rs1143634), o gene antagonista do receptor da interleucina 1 (IL1RN) (rs419598) e o gene da osteopontina (SPP1) Rs9138/rs11730582). Doze variáveis clínicas, potencialmente associadas ao OIEARR, também foram consideradas. Os indivíduos foram divididos de acordo com a presença de OIEARR radiograficamente determinada (0,2 mm). A associação entre OIEARR e o tipo de aparelho, e ainda, fatores radiográficos, clínicos e genéticos foram avaliados utilizando-se a regressão stepwise passada. Foram relatadas as razões de possibilidades (ORs) e os intervalos de confiança em 95% (ICs). A confiabilidade dos métodos mostrou-se adequada e identificou que existe uma predisposição semelhante à OIEARR entre pacientes que utilizaram alinhadores e aqueles que utilizaram aparatologia fixa tradicional. Prognóstico para a estabilidade do tratamento ortodôntico: um estudo longitudinal retrospectivo Orthodontic treatment stability predictors: a retrospective longitudinal study Paloma González-Gil de Bernabé; José María Montiel-Company; Vanessa Paredes-Gallardo; Jose Luis Gandía-Franco; Carlos Bellot-Arcís Angle Orthod. 2017; 87:223-229. A estabilidade do tratamento ortodôntico, por um longo período de tempo, remete a um dos maiores desafios dos ortodontistas. Estudos que analisaram a estabilidade durante os primeiros anos pós-tratamento demonstraram uma melhora da oclusão no primeiro ano, para “ajustes”. A maior parte dos movimentos ocorre durante os dois primeiros anos, sendo observado um declínio quatro anos após a retirada da aparatologia. A frequência de recidiva varia de acordo com o tempo de acompanhamento.

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