Epigenética, Epidrugs e Regeneração Periodontal

Vol. 8 – Número 30 – 2019

Fique por Dentro Especial

Página 8-9
Epigenética, Epidrugs e Regeneração

Rahyza Inácio Freire de Assis¹
Dayane Carvalho Ramos Salles de Oliveira²
Mateus Garcia Rocha²
Denise Carleto Andia¹,³

O princípio da regeneração periodontal não é diferente da regeneração de outros tecidos do corpo. O desafio na terapia periodontal regenerativa está na habilidade de regenerar diferentes tipos de tecido como osso alveolar, cemento e o ligamento periodontal. Existem diversas abordagens disponíveis para regeneração, dentre elas os “scaffolds” e a terapia gênica. O tipo de tecido formado durante o processo de cicatrização depende do tipo de célula que chega na região (Melcher, 1976) e a função dos “scaffolds” é prover um formato para guiar o tecido e bloquear o crescimento das células epiteliais, que geralmente são as primeiras a chegar no processo de cicatrização. A estrutura, topografia e propriedades do material dos “scaffolds” influenciam diretamente nesse processo, bem como na diferenciação, migração e adesão celular (Nair, 2017). Esses fatores são cruciais para o sucesso da regeneração tecidual. Estudos recentes demonstraram que modificações realizadas na superfície do dióxido de titânio, a nível manométrico, alterou o padrão da metilação nas histonas dos adipócitos, direcionando essas células à diferenciação osteogênica (Lv et al., 2015); ou seja, mudanças na superfície estimularam a diferenciação celular. Embora pesquisas nesse sentido estejam em estágios iniciais, o conhecimento atual indica uma possibilidade interessante de utilizar materiais e nanotecnologias para promover a regeneração tecidual e melhorar funções celulares através da epigenética. Além disso, é fundamental o conhecimento sobre funções celulares bem como o conhecimento dos materiais e estruturas para obter os melhores resultados nas terapias periodontais regenerativas.

¹ Departamento de Prótese e Periodontia – FOP/UNICAMP.
² Departamento de Odontologia Restauradora – FOP/UNICAMP.
² Escola de Odontologia, Divisão de Epigenética, Universidade Paulista – UNIP/SP.

 

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