Crescimento e desenvolvimento craniofacial Parte 3

Crescimento e desenvolvimento craniofacial Parte 3

Vol. 1, Edição 3 – 2008 Páginas 314-321 Crescimento e desenvolvimento craniofacial:  Parte 3 – Diagnóstico: Estimativa da Maturidade Individual   Craniofacial growth and development: Part 3 – Diagnosis: Estimation of Individual Maturity   Alcion Alves Silva. Mestre em Ortodontia, Doutor em Odontologia   Introdução Estimar refere-se a avaliar, proceder a um cálculo aproximado. Nesse contexto, a estimativa da maturidade considera a dificuldade em se precisar o momento exato do fenômeno, pois inúmeras variáveis estão envolvidas, estabelecendo relações nem sempre conhecidas. Esse termo é adotado em oposição à previsão de crescimento, devido à idéia incorreta que imputa, de algo certo e invariável, pois os fatos nem sempre justificam as previsões. A identificação do estágio de maturidade biológica do indivíduo, principalmente em relação ao surto puberal (1), fornece uma referência do potencial de crescimento restante, considerando as variáveis: magnitude e tempo de crescimento; embora o processo ocorra por um padrão biológico próprio de cada indivíduo, e não por medidas cronológicas como meses e anos. Quando se aborda o curso do crescimento, duas variáveis são relevantes: Padrão de crescimento – quando se fala em alterar o padrão de crescimento, o profissional assume uma posição de desconhecimento do processo. No que realmente se pode intervir é sobre as características do fenômeno, definido pelo: ritmo, intensidade e magnitude desse; Estágio de maturidade – a possibilidade de estimar o estágio de maturidade do cliente; ou seja, identificar a fase em que se encontra o indivíduo, em relação à curva de crescimento puberal, tem como significado clínico a possibilidade de estimar o quanto de crescimento pode ocorrer durante o período de intervenção clínica. A estimativa do curso do crescimento craniofacial é o objetivo de muitos estudos, visto a possibilidade da execução de um prognóstico mais acurado. A imprecisão está relacionada à individualidade de cada caso. Nesse aspecto, as maloclusões devem ser diagnosticadas de acordo com sua natureza, isso quer dizer que as classes I, II e III de Angle podem ser sub-ordenadas de acordo com a etiologia, em especial: de base molecular, relacionada à fisiologia, ou decorrente de fatores extrínsecos. Malformações dento-faciais com forte contribuição genética possivelmente apresentarão uma estimativa mais precisa quanto ao curso do crescimento, pois estão menos sujeitas às influências do ambiente. Para aquelas de origem multifatorial será mais difícil uma estimativa precisa (2). Em relação à maturidade, diversos indicadores, através do emprego de técnicas próprias, são propostos na tentativa de estimar o estágio de maturidade do indivíduo. Entre os mais freqüentes estão às idades: óssea, dentária, mental, cronológica e a maturidade sexual. A Idade óssea é proposta como um índice, indicador do desenvolvimento do esqueleto, relacionado ao estágio de maturidade (3,4). O interesse clínico dessa medida refere-se à estimativa do potencial de crescimento do indivíduo; em conseqüência, a possibilidade da utilização de recursos terapêuticos quais dependem desse processo para sua eficácia (5). A avaliação da idade óssea tem sido considerada um dos indicadores mais acurados; porém é importante compreender suas vantagens, desvantagens e limites.

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