Vol. 12 – Número 45 – 2020
COLUNA ODONTOLOGIA LEGAL
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Relação cirurgião-dentista/paciente no pós-pandemia?
Prof. Roberley Araújo Assad
– MSc PhD, Cirurgião-Dentista CRO/PR-7497
– Prof. de Graduação e Coord. de Pós-Graduação em Ortodontia – Cescage/Ponta Grossa;
– Prof. de Graduação e Coord. de Pós-Graduação em Ortodontia – Faculdade Herrero/Curitiba;
– Coord. de Pós-Graduação em Ortodontia – Soepar/Curitiba;
– Prof. de Pós-Graduação em Ortodontia – Ioa/Avantis/Curitiba – Joinville/SC;
– Formando em Direito – Dom Bosco/Curitiba;
– Revisor Científico da Orthoscience.
As relações interpessoais naturais durante a pandemia ficaram ainda mais estremecidas: aumento de divórcios, filhos e idosos ansiosos/inquietos, negócios paralisados, incompreensão geral e infelizmente suicídios. O vírus não só afetou as vias aéreas respiratórias, mas também a mente. Na nossa área, como nas demais, ocorreram picos negativos, mas também positivos, pois é possível notar pela população em geral o verdadeiro valor do cirurgião-dentista, que é muito grandioso, visto que as medidas de proteção adotadas para combater a contaminação do novo coronavírus sempre foram corriqueiras para atuarmos profissionalmente, o que viabilizou rapidamente o retorno às
consultas, devido à compreensão do paciente para com nossa biossegurança.
Portanto, em toda crise que existiu e existirá devemos refletir e estudar para descobrir onde está o lado ou até mesmo o ponto para se tirar algum proveito dela. Um deles com certeza é a (boa) relação profissional-paciente. Também podemos ir mais além: para algum caso clínico mal solucionado no passado recente ou distante, também se abre uma oportunidade para aproximação e resolução, pois a boa-fé do odontólogo deve sempre estar transparente ao visual do paciente.
São atitudes dentro do Direito Odontológico que contribuem para o ótimo andamento de clínicas e consultórios odontológicos:
Orientar os pacientes a adotar as medidas de higiene respiratória/etiqueta da tosse:
– Se tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com cotovelo flexionado ou lenço de papel;
– Utilizar lenço de papel descartável para higiene nasal (descartar imediatamente após o uso e realizar a higiene das mãos);
– Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
– Realizar a higiene das mãos com água e sabonete OU preparação alcoólica a 70%;
Orientar os pacientes/acompanhantes e profissionais de saúde e apoio sobre a necessidade da higiene das mãos com água e sabonete líquido (40-60 segundos) ou preparação alcoólica a 70% (20-30 segundos); Orientar que pacientes/acompanhantes e profissionais de saúde e apoio evitem tocar olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas.
Reforçar a necessidade de intensificação da limpeza e desinfecção de objetos e superfícies, principalmente as mais tocadas, como maçanetas, interruptores de luz, corrimões, botões dos elevadores, etc.;
Orientar os profissionais de saúde a evitar tocar superfícies próximas ao paciente (ex.: mobiliário e equipamentos para a saúde) e aquelas fora do ambiente próximo ao paciente, com luvas ou outros EPIs contaminados, ou com as mãos contaminadas;
Manter os ambientes ventilados (se possível, com as janelas abertas);
Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por pacientes como canetas, pranchetas e telefones;
Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e produtos para saúde que tenham sido utilizados na assistência aos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus;
Orientar os profissionais de saúde quanto às medidas de precaução a serem adotadas;
Orientar os profissionais de saúde e de apoio a utilizarem equipamentos de proteção individual (EPI), caso prestem assistência a menos de 1 metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus;
Os serviços de saúde devem implementar políticas, que não sejam punitivas, para permitir que o profissional de saúde que apresente sintomas de infecção respiratória seja afastado do trabalho.
Baseado no texto acima e realizando na prática o que está escrito, nossa profissão será uma das que mais rápido retornará ao pleno atendimento, pois o novo normal tanto comentado nos meios de comunicação, principalmente sobre os cuidados sanitários, já faziam parte de nosso cotidiano há anos.
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