Fotoativação de peças cerâmicas: Relação clínica entre a fotoativação e longevidade de restaurações cerâmicas

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Descrição

A fotoativação é o procedimento clínico que tem por objetivo iniciar a polimerização de materiais resinosos fotoativáveis por meio da aplicação de luz. Entretanto, a negligência da dose de energia recomendada pelos fabricantes para a fotoativação de materiais resinosos fotoativáveis como os cimentos resinosos, por exemplo, pode afetar o sucesso clínico de restaurações cerâmicas. 
Contrário do imaginado, a fotoativação por tempo superior ao recomendado pelo fabricante não traz benefícios para o material fotoativado. Por outro lado, a dose de energia excessiva pode gerar aquecimento e ocasionar danos ao tecido pulpar e/ou periodontal do paciente. Por esse motivo, exposições desnecessárias devem ser evitadas. 
Já a fotoativação por tempo inferior ao recomendado pode trazer consequências negativas para a longevidade da peça cerâmica cimentada. O material resinoso, quando não polimerizado adequadamente, tem seu processo de degradação acelerado. Consequente-mente, se forma um halo escurecido entre o dente e a restauração cerâmica em virtude de pigmentação na linha de cimentação. Isso pode levar à queixa do paciente e a necessidade de troca da peça cerâmica por questões estéticas. Ainda, a aceleração da degradação da linha de cimentação pode afetar a integridade marginal e levar à falha prematura da restauração cerâmica. 
Até a década de 90, a longevidade clínica de laminados cerâmicos era em média de três anos. Já no século XXI, essa média aumentou consideravelmente para 10 anos, com um percentual de falhas de apenas 10%. Nesses 10% de falhas, a negligência de passos no procedimento de cimentação dessas restaurações cerâmicas foi uma das principais causas.
Diversos pontos são extremamente importantes para que o procedimento de fotoativação seja eficiente. Dentre eles, a adequada exposição de acordo com as recomendações do fabricante. Entretanto, fatores relacionados diretamente com o material cerâmico também podem afetar a fotoativação adequada de restaurações cerâmicas, como o tipo, a cor e a espessura da cerâmica utilizada. Esses fatores afetam a translucidez da peça cerâmica e, por consequência, a capacidade de transmissão da luz pela restauração até o cimento resinoso a ser fotoativado. Por esse motivo, tempos de fotoativação maiores devem ser aplicados para alguns tipos e espessuras de cerâmicas. 
De forma geral, as cerâmicas feldspáticas são mais translúcidas, seguidas pelas cerâmicas reforçadas por leucita e por dissilicato de lítio. Isso se deve ao fato da quantidade do conteúdo vítreo influenciar diretamente no grau translucidez da cerâmica, de forma que, quanto maior o conteúdo vítreo, maior é a translucidez da cerâmica. Ainda, por esse motivo, a zircônia é a cerâmica menos translúcida e tem aproximadamente o dobro de opacidade em comparação aos demais tipos de cerâmicas. 

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