Take Home

Vol. 9 – Número 35 – 2016
 
Take Home
 
Página 11-15
Resumos das apresentações do 1º Congresso Internacional Ortho Science
Alexandre Moro1, Ricardo Moresca2, Simone R Tha Rocha3, Luiza Cristina do Nascimento3, Suelen Wacheski Borges3
 
O primeiro Congresso Internacional Ortho Science foi um grande sucesso com a participação de mais de 600 ortodontistas de todo o Brasil. Vários professores nacionais de destaque, abrilhantados pela participação do professor americano David Sarver, apresentaram excelentes palestras. 
Para você que não pode assistir, procuramos fazer um resumo com as principais mensagens (“take home”) de cada professor.
 
1 Mestre e Doutor em Ortodontia, Professor Associado  – UFPR, Professor do Programa de Mestrado em Odontologia Clínica – Universidade Positivo.
2 Especialista, Mestre e Doutor em Ortodontia, Professor Associado – UFPR, Professor do Programa de Mestrado em Odontologia Clínica – Universidade Positivo, Diplomado pelo BBO.
3 Mestre em Odontologia Clínica – Universidade Positivo.
 
Tratamento da Classe II com aparelhos intermaxilares considerando a maturidade óssea
Prof. Dr. Ary do Santos Pinto
 
Segundo o professor Ary, a Classe II constitui uma entidade morfológica heterogênea determinada por uma relação desfavorável das bases ósseas craneana, complexo nasomaxilar e/ou mandíbula de origem multifatorial. Pode estar associada a desvios dos componentes estruturais da face, do padrão de crescimento maxilar e/ou mandibular e do desenvolvimento dentoalveolar com variados graus de severidade. Grande parte das crianças com Classe II na fase pré-pubertária tende a exibir uma taxa de crescimento mandibular ligeiramente menor do que a apresentada por crianças com oclusão normal. No surto de crescimento pubertário, a velocidade de crescimento na Classe II tende a ser a mesma da oclusão normal, porém, existe uma tendência de ocorrer um crescimento mais vertical da mandíbula na Classe II. A discrepância anteroposterior tende a aumentar nestes indivíduos com padrão vertical em relação àqueles que exibem um padrão horizontal de crescimento. Geralmente, a relação sagital dos arcos dentários é determinada pela oclusão dentária de Classe II e não demonstra melhora com a idade, permanecendo a mesma ou até mesmo intensificando-se ao longo do tempo. O crescimento facial é fundamental para correção da Classe II, quer seja ela natural ou induzida pelos aparelhos ortodônticos ou ortopédicos. A terapia por meio de aparelhos ortopédicos para correção de retrusão mandibular é sempre instituída quando o indivíduo em tratamento encontra-se em fase de crescimento, direcionando o tratamento para as alterações do relacionamento das bases ósseas e para modificações do padrão de atividade da musculatura bucofacial. Existe um consenso que a melhor época de tratamento seria na fase de dentadura mista tardia e permanente jovem, ou seja, durante ou logo após o pico do surto de crescimento pubertário, pelo fato que existirá pouco tempo de crescimento remanescente e, assim, menor tempo de contenção e imediata intercuspidação de dentes permanentes, objetivando evitar recidiva. O tratamento interceptativo da má oclusão de Classe II utilizando aparelhos propulsores mandibulares promove, na mandíbula, o redirecionamento do crescimento mandibular, o reposicionamento da mandíbula e a remodelação da anatomia condilar; e na maxila, induzem à restrição e ao redirecionamento do crescimento maxilar.  A efetividade dos aparelhos funcionais no tratamento da má oclusão de Classe II vem, há muito tempo, sendo testada em animais e seres humanos produzindo efeitos esqueléticos e dentoalveolares. Porém, a literatura nos mostra que grande parte da correção da má oclusão de Classe II é decorrente dos efeitos dentoalveolares, e não esquelético.
O professor Ary mostrou vários casos tratados com sucesso com o aparelho de Herbst. Inclusive mostrou um caso com padrão de crescimento vertical, em que alterou o sistema telescópico do aparelho para que a direção da força ficasse mais vertical, causando a intrusão dos molares superiores, o que auxiliou na correção da Classe II.
 
Elásticos – Um forte aliado na mecânica ortodôntica
Prof. Dr. Marcos Janson
 
A aula do professor Marcos demonstrou que os elásticos ainda são ótimos aliados do ortodontista no tratamento de vários tipos de más oclusões. Tratamentos de Classe II, Classe III, dentes cruzados, quase tudo pode ser tratado com o correto uso de elásticos cujas principais vantagens são simplicidade e baixo custo. Mostrou o que há na literatura científica sobre comparações entre vários métodos e como os elásticos ainda podem ser considerados eficazes no tratamento. Tranquilizou os profissionais a respeito das mobilidades dentárias que ocorrem durante o uso dos elásticos e que assustam muitos profissionais, mas na verdade são aliados na hora de avaliar o grau de cooperação do paciente. Atentou para o planejamento do tratamento que é fundamental para essa abordagem, pois tratamentos longos são péssimos para manter a cooperação do paciente. Ainda deu aos congressistas valiosas dicas sobre como aumentar a motivação dos pacientes para alcançar o sucesso nesses tratamentos. 
Segundo o professor Marcos, a eficácia dos elásticos intermaxilares no tratamento ortodôntico é bastante discutida, entretanto, os elásticos são um forte aliado da mecânica ortodôntica. Contudo, o sucesso desta mecânica está intimamente relacionado à motivação do paciente. Se o paciente não usa o elástico, o mesmo não funciona, desta forma, o papel do ortodontista como agente motivador é imprescindível. Seis pontos devem ser considerados quando da utilização de elásticos: 1) motivação; 2) tempo; 3) eficácia; 4) relação cêntrica /máxima intercuspidação habitual; 5) estabilidade e recidiva e 6) reabsorções. Os elásticos podem ser utilizados para correção de alterações transversais, sagitais e verticais. O tratamento das alterações sagitais, especialmente das más oclusões de Classe II, com elásticos, é considerado, pelo professor, o mais crítico e o que depende mais do profissional. Os primeiros cuidados devem ser tomados já na montagem da aparatologia, quando deve-se incluir os segundos molares inferiores no arco e quando da colocação de ganchos, o mesmo, no arco superior, deve se encontrar entre os incisivos laterais e os caninos, isso tudo buscando o aumento do vetor de força horizontal e a diminuição do vertical. O melhor momento para o início do uso dos elásticos é o final do período de alinhamento/nivelamento quando o paciente encontra-se com fios .019” x .025” de aço superior e inferior, momento em que a curva de Spee já se encontra planificada. A força indicada é de 250 gramas, geralmente são utilizados elásticos 5/16” médios. O tempo preconizado para uso é de 24 horas em ambos os lados. Após a correção/sobrecorreção, faz-se a contenção ativa, diminuindo-se gradativamente o tempo de uso: de 24 horas para 16 horas, depois 12 horas e 8 horas. Ou seja, após a correção da Classe II o paciente ainda utilizará elástico por mais 2 ou 3 meses. Muito importante é o exame do paciente em relação cêntrica. O efeito maior dos elásticos de Classe II ocorre na mandíbula. Ocorre pouca resposta do lábio superior, sendo uma boa indicação para os casos onde esse se encontra no limite do movimento. Não existe também tendência para desvio da linha média superior. Já nos casos de Classe III, o uso dos elásticos pode ser iniciado durante as fases iniciais de tratamento, desde que os primeiros molares não estejam girados ou inclinados para mesial e também não haja apinhamento anterior inferior. Nas fases precoces deve-se utilizar os elásticos dos primeiros pré-molares inferiores aos molares superiores, não existe assim comprometimento da correção da curva de Spee. Após o nivelamento utiliza-se o elástico em um gancho entre os incisivos laterais e caninos inferiores e os molares superiores. Não existe nenhum indício que a utilização de elásticos intermaxilares induza reabsorções radiculares.
 
Gestão de consultório ortodôntico em tempos de crise: por onde ir?
Prof. Dr Weber Ursi
 
Segundo o professor Weber, um dos grandes desafios no Brasil há muitos anos é ser empreendedor. Muitas vezes o profissional de Ortodontia não se imagina no papel de um empresário, mas querendo ou não, nossos consultórios são empresas de onde tiramos nosso sustento e de nossas famílias. Somos, ao mesmo tempo, chefe e funcionário do nosso negócio. Seja nosso consultório na pessoa física, jurídica ou ambas, devemos gerenciá-lo de maneira a mantê-lo saudável sob o ponto de vista financeiro para garantir uma vida longa de trabalho recompensador e gratificante. Como gerenciar um consultório numa época de crise que vivemos? 
Com um choque de realidade no começo de sua palestra, o Dr. Weber mostrou a atual situação da especialidade no Brasil. Com diversos cursos de especialização no país, 206 até Maio de 2016, e poucos dados do CFO não é possível, por exemplo, saber quantos egressos desses cursos nós temos por ano, algo inimaginável nos Estados Unidos, onde o número de egressos em 2016 foi de 363 e número de curso é de 66. Para os profissionais que seguem a carreira de docência no Brasil, há um consenso geral de que a principal fonte de renda ainda é o consultório. 
Um ponto de destaque na palestra foi a importância dada pelo professor sobre a eficiência no consultório. Ele mostrou que após diminuir o tamanho do seu consultório, incluindo o número de cadeiras, consegue atender hoje um grande número de pacientes por mês, o que promove um melhor resultado financeiro no final das contas. Portanto, o importante não é o tamanho, e sim o resultado no final do mês.
 
Tratamentos de casos complexos com ancoragem esquelética
Prof. Dr. Ricardo Moresca
 
Em sua apresentação, o Dr. Ricardo Moresca demonstrou como a ancoragem esquelética pode auxiliar decisivamente na resolução de casos ortodônticos complexos. Inicialmente foram definidas as situações clínicas que podem estar associadas a esses casos. As principais causas apresentadas foram: casos que necessitam de extensa movimentação dentária, casos com imitações biológicas, múltiplos dentes ausentes, impactações dentárias severas, discrepâncias esqueléticas e/ou assimetrias, plano de tratamento com múltiplas fases, casos multidisciplinares e casos com envolvimentos sistêmicos ou psicológicos.
Em seguida, foram apresentados critérios objetivos para se considerar um caso como complexo. A metodologia apresentada foi a mesma utilizada pelo Board Brasileiro de Ortodontia e Ortopedia Facial (BBO). O IGC (Índice de Grau de Complexidade) permite, analisando diversos fatores do caso em questão, classificar o caso quanto à sua complexidade. Casos com IGC maior do que 20 são considerados como difíceis. Na conferência do Dr. Moresca foram apresentados casos solucionados com o auxílio da ancoragem esquelética, com IGC variando entre 35 e 43. Para se conhecer mais sobre o IGC, foi indicada a consulta ao site do BBO: http://www.bbo.org.br.
O próximo tópico abordado foram as limitações clínicas dos tratamentos dos casos complexos. Entre elas foram destacadas: necessidade de movimentos extensos, movimentos dentários difíceis ou inviáveis, ancoragem comprometida, necessitam extensa colaboração por parte dos pacientes e, como consequência, resultados insatisfatórios. Fatores como alterações dentoesqueléticas severas, associações de diversas más oclusões, planos de tratamento alternativos ou não cirúrgicos e intervenções malsucedidas foram apontadas como as principais causas de origem dos casos complexos.
Após a apresentação de casos tratados primorosamente com o auxílio da ancoragem esquelética, o Dr. Ricardo Moresca realizou as seguintes considerações finais. O sucesso no tratamento dos casos complexos pode estar associado aos seguintes fatores: disposição e colaboração do paciente durante o tratamento, elaboração de um plano de tratamento detalhado, adoção de metas realistas, expectativa de resultados com algum grau de comprometimento, utilização de mecânicas simples, um pouco de criatividade por parte do ortodontista na elaboração dos dispositivos e mecânica utilizada, acompanhamento de perto dos casos, obtenção de um objetivo de cada vez e equilíbrio com o tempo de tratamento.
 
Sistemas Autoligados, vale a pena usar?
Prof. Dr. Cláudio Azenha
 
A grande casuística do Dr. Cláudio Azenha permitiu que ele defendesse o uso do sistema autoligado, por inúmeras vantagens. O tempo de cadeira que o profissional gasta atendendo seus pacientes é que mais chamou a atenção. O sistema autoligado permite que as consultas sejam mais rápidas e que o número de consulta seja menor. Por exemplo, na fase de alinhamento e nivelamento nem sempre é necessária a troca de fios mensalmente, com o sistema autoligado é possível deixar o paciente por 3 meses com o mesmo fio sem perder efetividade. O tempo que o paciente permanece na cadeira também é menor, isso permite que esse tempo ao longo do dia seja usado para atendimento de novos pacientes, organização do consultório e até mesmo lazer. Essas vantagens podem ser alcançadas desde que o bráquete tenha uma boa trava de fechamento do fio. Outro ponto importante é no que diz respeito à filosofia de planejamento sem cefalometria, principalmente a filosofia Damon. Dr. Claúdio alertou para importância dessa ferramenta mesmo que a harmonia da face seja um dos principais objetivos do tratamento. Por fim, relembrou que o bom planejamento diminui o tempo de tratamento, e não o bráquete autoligado.
 
Diagnóstico e planejamento ortodôntico: como decifrar o enigma!
Prof. Dr. Carlos Guimarães
 
O diagnóstico e o planejamento ortodôntico foram a ênfase da conferência do Dr. Carlos Guimarães. Por meio de casos clínicos e apresentação de pesquisa relacionadas na área, ressaltou a importância ímpar do correto planejamento do tratamento ortodôntico. 
Para o Dr. Carlos, a estética facial é um dos principais objetivos do tratamento ortodôntico, porém nem sempre está relacionada aos objetivos cefalométricos, portanto, análises subjetivas, como as feitas por meio de fotografias e em 3D, são muito importantes e devem ser adicionadas como meio de diagnóstico e planejamento ortodôntico. O surgimento de novas técnicas cirúrgicas também aumentou as opções de tratamento que viabilizam atender às queixas estéticas dos pacientes. 
Em linhas gerais, o Dr. Carlos Guimarães fez um importante resgate das principais ferramentas de diagnóstico e planejamento, muitas vezes esquecidas ou ignoradas pelos clínicos, como base essencial para o sucesso do tratamento ortodôntico.
 
Traumatismos dentários e tratamentos ortodônticos subsequentes – riscos, problemas, soluções
Prof. Dr. José Nelson Mucha
 
O professor Nelson mostrou em sua palestra que os traumatismos em dentes anteriores, principalmente em pacientes jovens, podem levar a uma série de sequelas, tais como fraturas de raiz, reabsorção externa, dilacerações coroa-raiz, incisivo superior impactado ou retido, erupção ectópica, transposição dentária, avulsão de dentes anteriores permanentes, fracassos na erupção, cistos e tumores – odontomas, a perda ou a reabsorção radicular externa após reimplante, entre outras consequências.
Em um período ou idades posteriores ao trauma, estes paciente procuram por tratamentos ortodônticos e as soluções, principalmente em relação ao dente traumatizado, podem ser implantes, autotransplantes ou ainda o aproveitamento de dentes naturais. 
As decisões e procedimentos para aproveitamento ou não desses dentes, e a previsibilidade de sucesso para obter sorrisos agradáveis, com contorno gengival adequado e um suporte ósseo em pacientes jovens exigem determinadas condições e procedimentos durante os tratamentos. Vários casos clínicos foram apresentados ilustrando que certos procedimentos são os mais indicados, e deveriam ser os de escolha. Discutiu também a forma de contenção destes casos, muitas vezes utilizando um fio mais flexível (coaxial .020”). Várias dicas clínicas foram dadas como extruir de 0,5 a 1 mm as raízes nos casos de aproveitamento radicular, com uma força de 50 gramas e contenção pelo tempo da extrusão. 
Uma mensagem muito importante foi a de que nos casos de traumas em jovens é sempre melhor pensar em aproveitar os dentes naturais ou mesmo fazer um autotransplante, ao invés de colocar um implante. Além disso, as decisões que envolvem procedimentos reversíveis devem ser adotadas sempre que possível em pacientes jovens.
 
Racionalizando a individualização dos torques. Uma proposta de simplificação
Profa. Dra. Liliana Maltagliati
 
Diante de tantas opções, qual a melhor prescrição de torque para cada caso? Esta foi a questão central que a Dra. Liliana procurou responder em sua conferência. Realizando uma primorosa revisão sobre as diversas correlações do torque no tratamento ortodôntico, considerando diversos aspectos dos princípios biológicos e mecânicos, propôs um método simples e eficiente ao alcance de todos os clínicos para efetuar a melhor escolha da prescrição de torque para cada paciente em particular.
Os bráquetes pré-ajustados apresentam características de angulação e inclinação individual dos dentes e tendem a modificar os seus posicionamentos em função dessas características, conforme o calibre do fio é aumentado e o alinhamento e nivelamento progridem. Entretanto, algumas considerações são importantes antes de optarmos por uma prescrição única ou diversas prescrições, individualizadas para os pacientes. 
Considerando a incapacidade de leitura do fio .019” x .025”, principalmente quando a diferença entre o torque do dente e o torque do bráquete não for acima de 10º, há necessidade, para aproveitar o máximo das prescrições, de utilizá-las com critério. Essa folga do fio depende de características envolvendo a ranhura dos bráquetes, considerando que as dimensões das canaletas e dos fios não são 100% precisas. A evidência disso são os estudos clínicos mostrando grande variabilidade e “folga” maior que a registrada em estudos laboratoriais. Ainda, a suposta diferença de leitura de torque entre bráquetes ativos e passivos não demonstra suporte científico. É imprescindível que, conhecendo esses fatores, o ortodontista pense cada caso individualmente para escolher a melhor prescrição. 
 
20 anos de experiência clínica com os propulsores mandibulares fixos
Prof. Alexandre Moro
 
Nesta apresentação foi feita uma revisão sobre a sua experiência clínica na utilização dos propulsores mandibulares fixos nos últimos 20 anos.
No começo da sua formação, ele utilizou vários aparelhos funcionais móveis como o Bimler, o Ativador, o Frankel e o Bionator. Percebeu com o tempo que muitas vezes os pacientes não cooperavam na utilizavam dos aparelhos e isso acabava comprometendo os resultados. A partir de 1995 começou a utilizar os aparelhos funcionais fixos. O primeiro foi o Jasper Jumper. Devido ao alto custo e quebras do Jasper, resolveu testar o APM. Apesar do baixo custo do APM, as quebras sucessivas da versão número 2 fizeram-no esquecer este aparelho por um tempo. Voltou a utilizá-lo na versão 4 nos anos 2000. Entretanto, o tempo gasto na sua instalação e as quebras do aparelho fixo em conjunto contribuíram para que parasse de utilizá-lo. Em 1998, começou a utilizar o aparelho de Herbst. Inicialmente o Herbst com cantiléver foi o aparelho de escolha. Entretanto, devido ao alto custo do aparelho no Brasil, começou a testar vários desenhos de aparelhos de Herbst, e percebeu que o modelo com coroas de aço superior e splint de acrílico removível inferior tinha um ótimo custo beneficio, e era também interessante para alguns casos, como os com dentição mista. Com o passar dos anos e o aumento da experiência ficou muito claro que o Herbst seria o seu aparelho de escolha para o estímulo do crescimento mandibular. 
À medida que o tempo foi passando testou inúmeros propulsores fixos, como Flex Developer, Twin Force, FLF, SUS, PMW, CS2000 e, finalmente, o Forsus, que foi seu propulsor de escolha para casos de Classe II dentoalveolar durante vários anos. Entretanto, após mais 13 anos no mercado, o Forsus foi superado recentemente pelos propulsores da nova geração como o Sprit e o PowerScope. Esses propulsores colocaram a mola dentro do sistema telescópico, o que diminui a lesão na bochecha e impede que os alimentos fiquem acumulados na mola durante as refeições, o que vem a ser os principais problemas com o Forsus. E hoje, seu propulsor de escolha para o tratamento da Classe II com movimentação dentária é o PowerScope, pela simplicidade de instalação e conforto para o paciente.
 
A Ortodontia mudou e está mudando. O que é a Ortodontia clínica contemporânea na atualidade?
Prof. Dr. David Sarver
 
Segundo Sarver, a Ortodontia tem se baseado principalmente em avaliações cefalométricas, e na tentativa de predição do crescimento. Os tempos mudaram: o que está diferente?
O diagnóstico ortodôntico olha agora para o paciente de uma maneira diferente do que olhamos no passado, por meio da coordenação da face, do sorriso e dos componentes dentários para uma abordagem completa no plano estético. Compreender as alterações esquel&eacut

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