Maceió continua sem atendimento odontológico nos postos de saúde

Maceió continua sem atendimento odontológico nos postos de saúde

Município tem 56 unidades e dois centros especializados sem funcionar. Cerca de 200 odontólogos recebem sem poder trabalhar.

 

Fabiana De Mutiis
Do G1 AL
 
 
Os consultórios odontológicos instalados em 56 unidades de saúde de Maceió e os dois Centros Odontológicos do município continuam sem funcionar. E não é por falta de odontologistas, mas sim pela falta de equipamentos e materiais básicos de trabalho.
 
Em fevereiro deste ano a reportagem do G1 percorreu alguns postos de saúde da capital alagoana e mostrou a dificuldade que a população encontra para tratar dos dentes. À época, a prefeitura disse que pretendia regularizar a situação até o fim do primeiro semestre, mas não foi o que aconteceu.
 
“Os 200 odontologistas concursados não estão trabalhando porque não há insumos básicos como anestesia e algodão. Em outras unidades o problema é mais grave, porque não há equipamentos como a cadeira e os instrumentos utilizados para qualquer procedimento odontológico”, relata o presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Alagoas (Soeal), Airton Mota Mendonça, ao denunciar o sucateamento dos postos odontológicos. “Alguns profissionais estão apenas conseguindo aplicar flúor nas crianças, mas é só. Nada mudou e alguns consultórios não funcionam desde 2010”, afirma.
 
O Módulo Odontológico Municipal Rui Palmeira, localizado no Vergel do Lago, que deveria atender crianças e adolescentes de até 14 anos, não está funcionando há quatro anos. Em 2010, o local fechou às portas para passar por uma reforma e nunca mais reabriu. As obras já foram concluídas, os equipamentos já foram comprados, mas os cinco consultórios ainda não estão funcionando por falta de insumos básicos.
 
Maceió tem ainda um Centro de Especialidade de Odontologia, localizado no Tabuleiro do Martins, mas que nunca fez um atendimento especializado. O local foi reinaugurado em 2007, ali poderia ser realizado prótese dentária, procedimento caro, que a maioria da população não pode pagar. Mas esse tipo de atendimento nunca foi feito, de acordo com a coordenação de Saúde Bucal, da Secretaria Municipal de Saúde.
 
Prefeitura
Em fevereiro, a prefeitura admitiu o problema e disse que até o fim do primeiro semestre deste ano pretendia regularizar a situação. À época, a reportagem entrevistou a coordenadora de Saúde Bucal da SMS, Audrey Guerreiro, que entregou o cargo no dia 30 de junho, e com Carlos Humberto Lima, assistente técnico do então secretário municipal de Saúde, Jaelson Gomes. Não só a gestão da coordenadoria mudou, em maio deste ano a secretária Sylvana Medeiros assumiu a pasta deixada por Jaelson Gomes.
 
O G1 entrou novamente em contato com a SMS e após 15 dias conseguiu conversar com a nova coordenadora de Saúde Bucal, Bernadete Pereira da Silva. Ela admitiu que realmente as unidades não estão funcionando e informou que as compras dos insumos e equipamentos foram iniciadas recentemente. “Assumi esta semana o cargo e o que posso falar por enquanto é que a qualquer momento vamos começar a receber os materiais e depois disso iniciaremos a distribuição. Acredito que em três meses a gente consiga regularizar a situação”, diz a nova gestora.

 

 
Fonte: G1

Deja una respuesta

Abrir conversa
Precisa de ajuda?