Dúvidas sobre aparelho ortodôntico?

Dúvidas sobre aparelho ortodôntico?

As primeiras perguntas que os pacientes fazem quando entram no consultório do ortodontista são: Vou usar aparelho? Quando? Fixo ou móvel? Posso escolher a cor?  Após a instalação e passadas as novidades, a pergunta seguinte é: Quando vou tirar os aparelhos?Para tentar matar essa curiosidade, exponho aqui um pouco do universo ortodôntico.
 
Atualmente existem vários tipos de aparelhos dentários, que se dividem em duas categorias: móvel e fixo. Ambos são muito conhecidos, entretanto um dos mais conhecidos é o aparelho fixo que vemos muito por ai chamado popularmente de “tijolinho” ou braquetes como é conhecido tecnicamente.
 
Os removíveis são encaixados na boca, podendo ser retirados pelo paciente ou ortodontista, e dependem da colaboração do paciente. Podem ser ortodônticos – que realizam pequenas movimentações dentárias -, ou ortopédicos, utilizados nas correções de alterações ósseas de crescimento. Estes últimos são colocados em crianças e adolescentes durante a fase de crescimento, inibindo ou estimulando o desenvolvimento dos ossos, ou ainda, redirecionando uma tendência de crescimento desfavorável. Para serem efetivos devem ser usados pelo maior número de horas por dia.
 
Segundo o Especialista, Professor da Faculdade São Leopoldo Mandic – Unidade Curitiba, Dr. Paulo Stroparo: “ Os cuidados ortodônticos devem ser levados em consideração desde o momento da amamentação no primeiro ano de vida, é um período importante para desenvolvimento dos dentes e dos ossos da face. O início dos tratamentos com aparelhos ortodônticos ou ortopédicos, vai depender do problema e da idade óssea e dentária que o paciente apresenta no momento. Exames laboratoriais como radiografias do punho, radiografia dos dentes e da face nos auxiliam nesta avaliação. Costumo avaliar os pacientes aos 4 anos de idade, pois problemas como mordidas cruzadas e hábitos viciosos de sucção de dedo ou chupeta já podem ser tratados nesta idade. Outros problemas, como deficiência no crescimento mandibular, podem ser diagnosticados nesta fase, porém necessitam de um momento certo para começar a tratar.”
 
Hoje em dia, o número de pacientes adultos que procuram o ortodontista é muito grande e normalmente a melhor indicação na maioria dos casos é o aparelho fixo para movimentação mais efetiva dos dentes. Os aparelhos removíveis movimentam mais lentamente e de maneira muito limitada os dentes. Os aparelhos ortopédicos estão contra indicados nesta fase, pois o crescimento já acabou.
 
Para os adultos que lidam com o publico e não desejam a opção metálica, existem opções estéticas e invisíveis. Há aparelhos como os de policarbonato, safira ou porcelana, que são bastante estéticos, em que as peças de suporte se confundem com a coloração do dente – entretanto, estes aparelhos apresentam duas desvantagens. A primeira é que, devido ao atrito da cerâmica com o fio de aço, estes aparelhos são menos eficientes e podem aumentar a duração do tratamento. A segunda desvantagem é que tem um custo bem maior.
 
Com a tecnologia, surgiram os aparelhos autoligados. É um aparelho do tipo fixo, onde os braquetes se ligam uns aos outros sem necessidade do elástico, utilizando apenas um fio, tornando-se assim menos perceptíveis que os outros, sendo uma boa opção estética, além de serem mais eficazes, reduzindo assim o tempo necessário para o tratamento, entretanto, devido às suas vantagens seu preço é um pouco mais elevado do que o aparelho convencional.
 
Existe também a técnica lingual, onde as peças são coladas na parte interna dos dentes e tem como principal desvantagem o incômodo em relação à língua.
 
Ainda podemos citar uma série de moldeiras que promovem o correto alinhamento e nivelamento dos dentes. Cada técnica tem suas vantagens e desvantagens, bem como indicações adequadas.
 
É muito difícil prever quanto tempo dura um tratamento, porque depende de vários fatores como resposta biológica do organismo, tipo de má oclusão, tipo de aparelho indicado e colaboração do paciente. O importante é usar o aparelho indicado da melhor maneira possível e comparecer as consultas de manutenção mensais para ativação e controle.
 
Também é muito importante procurar um profissional habilitado. O Ortodontista, além da Faculdade de Odontologia, faz no mínimo mais 3 anos de curso exclusivamente sobre Ortodontia. Portanto sempre verifique junto ao Conselho regional de Odontologia, se o profissional da sua escolha é especialista.
 
Existem diferentes modelos para diferentes necessidades, apenas o profissional poderá avaliar e dizer qual será o seu tratamento e com qual aparelho específico.
 
Por Karen Petrelli de Castro – Dentista e Coordenadora da Faculdade São Leopoldo Mandic/Curitiba
 
 
Fonte: Gazeta do Povo

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