Facetas em dentes escurecidos – uma abordagem alternativa para a estratificação da região incisal

Vol. 3 – Número 10 – 2014 Caderno passo a passo Página 142-151 Facetas em dentes escurecidos – uma abordagem alternativa para a estratificação da região incisal Cristian Higashi1 Jimmy Liu2 Osnara M. Mongruel Gomes3 João Carlos Gomes4 Há algum tempo a procura por tratamento odontológico não se limita a situações dolorosas ou reabilitações funcionais. O restabelecimento estético do sorriso é atualmente a queixa principal de muitos pacientes que chegam aos consultórios privados, principalmente quando apresentam dentes escurecidos. O escurecimento dental pode ser originado por diversas situações3,5,7 e o tratamento mais conservador é o clareamento dental5,6, porém, alguns manchamentos apresentam-se mais resistentes, sendo necessário a utilização de outras técnicas restauradoras para a resolução total do problema1,4. Uma alternativa é o facetamento direto com resinas compostas, visto a grande evolução dos materiais restauradores, que nos dias atuais permite restaurar a função e reproduzir a coloração dos dentes naturais4. Esta técnica também pode ser indicada para os dentes escurecidos não vitais que sofreram trauma, pois nestas situações o clareamento dental interno não é muito recomendado, devido ao risco de reabsorção radicular externa, que pode ser originada pelo trauma ou por um clareamento realizado com uma técnica não adequada² e se isso acontecer, a causa exata da reabsorção nunca poderá ser seguramente definida. A restauração de dentes escurecidos é um dos procedimentos mais difíceis para se reproduzir fielmente todas as características dos dentes naturais, principalmente a opalescência visível da região incisal. Isto muitas vezes acontece devido à necessidade de utilização de corantes, que agem como pigmentos, isto é, pinturas que ficam como “tatuagens” nas bordas incisais e não acompanham as variações ópticas presentes nesta região. Uma variação desta técnica pode ser realizada quando os dentes anteriores apresentam espaços inter-oclusais suficientes para a estratificação com resinas compostas específicas e inseridas em locais ade-quados conforme o caso clínico descrito a seguir. ¹ Me. em Dentística Restauradora – UEPG/PR, Dr. em Dentística Restauradora – UEPG/PR. ² Me. em Dentística Restauradora – Unitau/SP. ³ Profª. Adjunta e Dra. – UEPG. 4 Prof. Associado e Dr. – UEPG.