Coluna Excelência Clínica – Controle da forma dos arcos dentários

Coluna Excelência Clínica – Controle da forma dos arcos dentários

Vol. 12 – Número 47 – 2019 Coluna Excelência Clínica Página 19-23 Controle da forma dos arcos dentários Prof. Dr. Ricardo Moresca O controle e a coordenação da forma dos arcos dentários são características essenciais para o sucesso e estabilidade do tratamento ortodôntico. De uma maneira geral, quando a forma dos arcos dentários é adequada, esta deve ser mantida²,³. Se durante o tratamento ocorrerem alterações injustificadas, há grande chance de efeitos colaterais e recidiva. Isso se aplica principalmente para a distância intercaninos inferiores¹. Quando os arcos dentários se encontram contraídos a expansão pode ser considerada, porém, respeitando-se sempre os limites anatômicos e funcionais. Fatores como a distância das faces vestibulares dos dentes à borda Wala e a Curva de Wilson auxiliam na decisão de quando a forma dos arcos dentários pode ser alterada4. Infelizmente, algumas técnicas ortodônticas atuais sugerem a expansão dos arcos dentários sem critérios definidos para a obtenção de espaço, evitando-se as extrações, ou para preencher o sorriso, ignorando este princípio básico da Ortodontia6. O controle e a coordenação da forma dos arcos dentários no tratamento são obtidos por meio dos arcos ortodônticos, principalmente. Em termos clínicos, dois importantes problemas estão associados ao gerenciamento da forma dos arcos dentários ao longo do tratamento ortodôntico. O primeiro deles diz respeito à utilização dos fios de memória, como os fabricados com as ligas de níquel-titânio (NiTi), utilizados em larga escala nos estágios iniciais do tratamento ortodôntico. A forma desses arcos é determinada durante o seu processo de fabricação e não pode ser alterada posteriormente para a individualização de acordo com o planejamento do caso. Essa limitação não é tão significativa com os fios iniciais de menor calibre, uma vez que a força desenvolvida nem sempre é suficiente para alterar a forma dos arcos dentários e também porque não permanecem em ação por muito tempo. No entanto, a questão se torna mais crítica com os fios mais pesados, como o .019”x.025”. Esses fios têm grande capacidade de mudar a forma dos arcos dentários pela força que desenvolvem e porque, geralmente, permanecem mais tempo atuando para expressarem as informações de torque dos aparelhos.

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